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SALVE MARIA DAS GRAÇAS… RAINHA DA PAZ
Novembro se descortina e com ele, a nossa Padroeira abre seus braços, num convite para praticarmos a Paz.

Recitando a Ave Maria e a Salve Rainha, saudamos a Virgem Santíssima Maria das Graças com o clamor de SALVE. Eis o primeiro título dado a Maria na oração: RAINHA… Poder no céu e na terra. Suplicante. O que ela pedir, ELE concederá, como aconteceu nas Bodas de Caná. Maria, mãe do Absoluto. Rainha dos Anjos: “Ave, cheia de graça, o Senhor é contigo”, disse-lhe o Anjo.

Não temas Maria, porque achaste graça diante de Deus.” Maria, mãe da VIDA, d’AQUELE que nos disse: “Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida.” Maria das Graças deu vida ao Cristo Jesus, e por meio dela, recebemos a vida de graça em nossas vidas. Maria é aquela que ilumina os caminhos da Fé, levando-nos à esperança e à caridade. É aquela que nos ajuda a vencer as ameaças do Mal, penetrando nossos corações, levando-nos a encontrar a força do Espírito Santo que vence todo o pecado e suas manifestações. O caminho da fé está unido àquela que vigia por cada um de nós com ternura, misericórdia e amor. Esmagadora da cabeça da serpente que nos protege com seu manto virginal, Maria das Graças convida-nos a contemplar toda a vida de seu filho Jesus na reza do terço, onde em cada Ave Maria saudamos com a mesma saudação do Anjo Gabriel.

Papa Francisco nos exorta: “Toda a existência de Maria é um hino à vida, um hino de amor à vida: Ela gerou Jesus na carne e acompanhou o nascimento da Igreja no calvário e no cenáculo.”

São Bernardo e Santo Antônio, doutores da Igreja, afirmam que, “para ser eleita e destinada à dignidade de Mãe de Deus, devia a Santíssima Virgem possuir uma perfeição tão grande e consuma-da, que nela excedesse todas as outras criaturas”.

Ela é MARIA DAS GRAÇAS, RAINHA DA PAZ!

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A Ressurreição é a constatação da superação da violência Condomínios fechados, vigias, cercas elétricas e guaritas são os cenários do mundo atual, onde uma falsa segurança faz com que as pessoas se isolem e se distanciem umas das outras. O dinheiro cria novas expectativas de Paz. Segurança entra em outra perspectiva: privilégios de poucos. Políticos defendem o uso de arma de fogo como autopreservação. A corrupção grita que o dinheiro está em primeiro lugar e, assim, a dignidade humana é colocada em segundo plano. Para superar a violência, o ser humano deverá estar com a Verdade, que sempre nos é revelada em cada Eucaristia, em cada Quaresma, em cada Via sacra e em cada Semana Santa bem Celebrada. Precisamos mudar o rumo e fazer uma nova revolução: a REVOLUÇÃO DO AMOR. Deus que é Amor, revela-se num Homem chamado Jesus. O Cristo capaz de cativar e salvar. Cristo se propôs a ser Homem para os homens. Negou-se a si mesmo. Faz-se necessário, agora, que o homem olhe para Deus e reconheça o Cristo que se levantou da ruína e tornou-se a COLUNA de LUZ, mostrando-nos que somente a revolução do amor poderá impulsionar um Mundo novo. Entender a Ressurreição, em meio à violência, é reconhecer que Cristo é o único capaz de desenterrar a humanidade que ainda caminha acorrentada no labirinto da desolação. Jesus nos dá uma nova vida e, nessa perspectiva devemos reconhecer que a superação da violência é a constatação da RESSURREIÇÃO.

O Papa Francisco nos adverte: “É precisamente a Ressurreição que nos abre à maior esperança, porque abre a nossa vida e a vida do mundo para o futuro eterno de Deus, para a felicidade plena, para a certeza de que o mal, o pecado e a morte podem ser derrotados”.

Toda violência sucumbirá quando a RESSURREIÇÃO entranhar-se definitivamente em cada um de nós, gerando a esperança e a certeza de que “SOMOS TODOS IRMÃOS”, na construção de um mundo novo e igualitário. FELIZ PASCOA!!!

Vocação é um serviço de resposta a Deus

Onde humano e o divino sempre estão caminhando lado a lado. Quando Deus chama, a resposta deve ser generosa, mas isso implica em uma mudança completa.

Abraão ouviu Deus dizer-lhe: “Sai de tua terra.” O patriarca “partiu, como o Senhor lhe havia dito.” Obedeceu, não colocou condições nem exigiu sinais.
Moisés ao ouvir: “E agora, vai! Eu te envio ao faraó para que faças sair o meu povo, os israelitas, do Egito”, sentiu-se incapaz e argumentou: “Quem sou eu para ir ao faraó e fazer sair os israelitas do Egito?” Deus não aceitou o argumento e envia um sinal. “Joga a vara no chão’, disse o Senhor. Ele jogou-a no chão, e a vara se tornou uma serpente.” Em seguida o ajuda a ter força, afirmando: “Vai, pois, Eu estarei contigo quando falares, e ensinar-te-ei o que terás de dizer.”

Vocação vem sempre do ALTO, não dependendo de qualidade de quem a recebe. Vocação é chamado que exige uma resposta que deve estar baseada na Fé e na Consciência; é um Doar-se.

Jesus chama Pedro e André, seus primeiros discípulos: “Vinde após Mim e vos farei pescadores de homens.” Depois chama Tiago e João e quando encontra Filipe diz: “Segue-Me.” O Mestre usou a vocação para reunir os DOZE.

Jesus é Aquele que faz a proposta radical, fazendo com que todo o resto perca a importância: “Se alguém Me quer seguir, renuncie-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-Me.”

São João usa uma frase forte, mostrando-nos que a iniciativa vem de Deus como ELE quer. Chama ao serviço que conduz à oração, que, juntos, formam a espiritualidade vocacional: “Não fostes vós que me escolhestes, mas fui eu quem vos escolhi!”

Deus chama e capacita. O mundo necessita de verdade e justiça. É preciso trabalhar por um mundo que retrate a beleza divina para que a VOCAÇÃO seja revelada na resposta de cada um a DEUS.

Papa Francisco dá o recado, quando fala de vocação: “a pressa e a velocidade dos estímulos não deixam espaço para o silêncio interior, no qual ressoa o chamado do Senhor… Aquele que se permite discernir a vocação conhece o rosto misericordioso do Pai.”

Maria: da Aparição à Oração e à Contemplação

O Concílio do Vaticano II afirma que “Maria, pela sua participação íntima na história da Salvação, reúne por assim dizer e reflete em si as mais altas verdades de fé” (LG 65). E São João Paulo explicita: “Ela é como um espelho em que se refletem, da maneira mais profunda e luminosa, as maravilhas de Deus”.

Maria não é o centro do Cristianismo, mas; nos sinaliza que através da reflexão, meditamos a vida do Salvador e, assim sendo, somos levados à Redenção, ao Perdão e à Salvação; quando rezamos e contemplamos os Mistérios enunciados no Rosário.

Cristo é o único Salvador, em Maria encontramos o caminho e a missão para estarmos ao lado D’ELE, para Servir à Igreja e à humanidade. Maria, Mãe unida a Cristo por um elo indissolúvel sinal Misericordioso de Graças e bênçãos.
Em Maria, a contemplação do Amor e da Misericórdia de Deus por nós, reúne a beleza da maternidade e da discípularidade perfeita.

Nas aparições Marianas, mentes e emoções, abrem corações, em busca do segredo que se torna visível, diante de nossos olhos. Todo acontecimento é Deus em seu Amor Trino e infinito. Tudo vem d’ELE. Nas aparições há encantamento e sedução, onde brotam a fé, a esperança e a caridade.

Em Fátima os Pastorinhos assim se expressaram: “Gostei muito de ver o Anjo, mas gostei ainda mais de Nossa Senhora. Do que gostei mais foi de ver Nosso Senhor naquela luz que Nossa Senhora nos meteu no peito. Gosto tanto de Deus!” Como nos disse o pequeno Francisco, no seu espírito contemplativo… enquanto Lúcia exclamava: “É esta graça de Deus que atua em nós, levando-nos onde Deus nos quer conduzir, e vamos contentes, como crianças abandonadas nos braços do Pai”.

Há um apelo constante na mensagem das aparições em Fátima: REZAR PELA PAZ DO MUNDO, BUSCANDO A CONVERSÃO… hoje a mensagem continua como uma súplica, para que reconheçamos a necessidade da humanidade de buscar a paz que vem de Deus. “Foi a dor dos filhos que fez gritar o coração da Mãe”, advertiu S. João Paulo II, em Fátima. Rezar pela paz é contemplar a história da humanidade, é buscar a Salvação e alegrar-se em Cristo, fazendo nova todas as coisas.

O Encontro

Ao levantar-se na primeira queda, Jesus encontra sua Mãe no caminho que o levava para a morte. Maria O fita com imensurável amor. Os olhos de um param nos olhos do outro. Cada um verte a sua dor, na dor do outro. A alma da Mãe mergulha na amargura do Filho. Ali, cumpria-se a profecia de Simeão de que uma espada transpassaria aquela alma. Ninguém reparou, somente o Filho prestou atenção. Na solidão da Paixão, a Mãe oferece ao Filho a essência da ternura e da fidelidade ao SIM dado ao Pai. Ali, no silêncio, a Mãe consola o Filho.

Penetrar no olhar dessa Mãe e desse Filho no caminho do Calvário é adentrar no cerne da dor maior. Não há dor semelhante. Ao olhar para sua Mãe, o Filho nada fala, mas a faz compreender a dor de sua alma e que se fazia necessário que ela se unisse também a essa grande dor. Ali, Maria nos ensinou a aceitar a vontade do PAI. O encontro nos alerta para calarmos nos sofrimentos, pois o silêncio se converte em força. A dor humilha e Deus edifica, apontando que a dor se faz necessária para que nos santifiquemos.

Quem se mantém ao lado dos que sofrem, conhece a angústia, mas também  o milagre da alegria que é o fruto do amor e do sofrimento aceito e ofertado.

Somente vivendo esse encontro doloroso, poderemos provar a doçura da CRUZ e abraçá-la na força do AMOR.

Diante da violência, guerras, agressões ao meio ambiente, corrupção e  tantas angústias, em consonância com a Quaresma, busquemos amparo na Virgem dolorosa, onde a fé e a confiança retratam a submissão à vontade de Deus.

É no Calvário que se mergulha no grande mistério da Paixão, onde Maria contempla o Filho levando a cruz, em busca de justiça, dignidade e pão.

Segundo o Papa Francisco, “O Caminho da cruz é o único que vence o pecado, o mal e a morte, porque desemboca na luz radiante da Ressurreição de Cristo, abrindo os horizontes da vida nova e plena. É o Caminho da esperança e do futuro. Quem o percorre com generosidade e fé, dá esperança e futuro à humanidade.”

A Superação da Dor por Amor à Humanidade

Às vezes somos capazes de achar que entendemos uma Quaresma, uma Via-Sacra, uma Semana Santa.

Será que imprimimos o caráter de Cristo em nossas almas? Será que somos capazes de negarmo-nos a sofrer como o CRISTO sofreu? Carregamos nossa cruz e a dos outros?

A Vida Eterna não é estarmos com os olhos voltados apenas para o que vemos, mas para o que não vemos: o grande Mistério de Amor.

O Amor que faz parte da natureza Divina, que se manifesta na glória que vem ao nosso encontro para praticarmos o bem. O Senhor se submete ao sofrimento de uma cruz.

Será que após tantas Quaresmas e tantas Vias – Crucis, não entendemos esse ato de Humildade e de Amor?

Em Cristo, poderemos vencer os sofrimentos. ELE venceu quando aceita os açoites e não desiste de caminhar até a Crucificação, alertando-nos que sofreríamos; mas que ELE estaria conosco até os últimos dias.

Deus não é insensível às nossas dores.

Faz-se necessário que aceitemos que o sofrimento nos aperfeiçoa, e nos faz buscarmos a felicidade nas Bem-Aventuranças, vivida e testemunhada pelo Cristo. Essa busca é o grande desafio de nossa Caminhada.

Na Humildade de um Deus, que se fez homem e habitou entre nós, aprendamos que aquele que está pronto para servir, é que temente a Deus, este é o homem humilde que o Senhor da messe espera em cada Eucaristia, que se dá a nós.

Este é o homem novo, transformado e que faz a vontade de Deus com prazer, buscando a felicidade, superando a dor na alegria de quem serve.

É preciso buscar o rio de Água Viva que Cristo nos dá para não termos mais sede e nos aproximarmos mais de Deus.

O Papa Francisco nos exorta a pensarmos em mudar o mundo começando por nós, quando nos diz: “Como seria belo se cada um de vós pudesse, ao fim do dia, dizer: hoje realizei um gesto de amor pelos outros. ”

Esse é o grande desafio da Ressurreição: Servir com alegria, mesmo na dor, na certeza de que, em Deus, tudo se supera e se concretiza em nós a vitória do grande ALELUIA.

FELIZ PÁSCOA!!!